segunda-feira, 18 de junho de 2007

Os diferentes caminhos para o fim do CD

FÍSICO - Mais de um em cada três discos consumidos no mundo é uma cópia ilegal, de acordo com a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). Estima-se que 37% dos CDs adquiridos em 2005 sejam “piratas” (1.2 bilhão). A maioria dos CDs piratas vendidos é CD-R copiado em gravadoras de pequeno porte, caseiras. Para a IFPI, a supercapacidade da indústria óptica de fabricação de discos é a maior contribuinte da “pirataria”. A IFPI estima que o tráfico de CDs ilegais, em 2005, tenha movimentado mundialmente cerca de US$ 4,5 bilhões.

DIGITAL - A IFPI estima que quase 20 bilhões de músicas foram baixadas ilegalmente em 2005. Para a federação, enquanto isso mostra a alta taxa de “pirataria” da música online, também ilustra o vasto potencial do mercado de música digital legal. Eis, abaixo, as diversas formas de se baixar música pela internet - ilegal e/ou legalmente (músicas licenciadas publicamente).

Websites que armazenam grandes quantidades de música, que podem ser baixadas gratuitamente ou por preços bem abaixo do pedido pelas gravadoras. Um dos mais famosos mundialmente é o russo Allofmp3.com. Enquanto no portal Amazon.com o novo CD do inglês Paul McCartney (Memory Almost Full, ainda não lançado no Brasil) custa US$ 9,90 - com edição especial de US$ 19,97 -, no site russo a versão integral da edição de luxo custa US$ 3,22.

As Redes P2P (peer-to-peer) facilitam o comparti-lhamento de arquivos entre usuários, permitindo a distribuição de um arquivo para milhões de pessoas ao mesmo tempo. Um dos pioneiros foi o Napster, seguido do Kazaa. Hoje, os programas mais usados o Emule, o Soulseek, o Nicotine, entre outros. Em qualquer um desses, já se pode baixar gratuitamente o disco novo do ex-Beatle...

Acesse:
www.emule-project.net
www.slsknet.org
http://nicotine.thegraveyard.org/


Bit Torrent é um aprimoramento da tecnologia de comparti-lhamento de arquivos, que traz a idéia de “partilhe o que já descarregou”, aumentando a rapidez da baixação. Trata-se de um protocolo que permite ao usuário fazer download de arquivos indexados em websites. Na rede BitTorrent, os arquivos são quebrados em pedaços de geralmente 256Kb, que são partilhados em ordem aleatória e reconstituídos mais tarde para formar o arquivo final. O sistema de partilhamento optimiza ao máximo o desempenho geral de rede, uma vez que não existem filas de espera e todos partilham pedaços entre si, não sobrecarregando um servidor central.

Acesse:
http://www.bittorrent.com/


FTP é a mais tradicional forma de se obter música pela internet - aliás, de se obter qualquer tipo de arquivo. Os sites de File Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Arquivos são lugares na internet que armazenam ficheiros (arquivos). São, tipicamente, o primeiro lugar onde as cópias ilegais de novos álbuns (e filmes, e seriados de TV) aparecem. O usuário pode tornar qualquer material disponivel num site FTP carregando um arquivo para ser baixado, do “servidor”, para milhares de pessoas. O FTP é quase tão velho quanto a Internet e é ferramenta essencial para publicar páginas web.

Acesse:
http://www.br.proftpd.org/


IRC, ou Internet Relay Chat (IRC), é um protocolo de comunicação bastante utilizado na internet principalmente para bate-papo (um antecessor dos programas atuais de mensagem instantânea) e fóruns de discussão. Mas uma das ferramentas muito utilizadas é a troca de arquivos - inclusive, muita música (legal e ilegal).

Acesse:
http://www.mirc.co.uk/get.html


Stream Ripping é, para a IFPI, a grande “nova forma de pirataria digital”, que representa uma ameaça significativa aos rendimentos das gravadoras e editoras musicais. Streaming é a tecnologia que permite o envio de informação multimídia através de pacotes, utilizando redes de computadores e transmitindo dados a partir de um único ponto para vários outros pontos de recepção. Bons exemplos de sites que usam streaming são o Youtube, o Myspace e as rádios online. Os aparelhos e softwares de stream ripping convertem vídeos e músicas, que só seriam assistidos e ouvidas nos sites específicos, em cópias permanentes armazenadas no computaodor do usuário.


"Pirataria" em celular

é a mais nova sombra que ameaça o mercado convencional de música ligado à indústria. Nesse caso, a ilegalidade se daria por meio do bluetooth, tecnologia de baixo custo que permite a comunicação sem fio entre celulares a curtas distâncias, e da troca de cartões de memória. Assim, alguém que adquiriu uma música “legalmente” pode passar a faixa para o aparelho de outra pessoa.

Fonte: Jornal O Povo


Comentário do João: Toing, toing, broken!

[Ainda sobre os efeitos de Smile, do Brian Wilson]

Nenhum comentário: