sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Em queda, CD completa 25 anos nesta sexta


Criação foi um avanço muito grande para a época, desenvolvida pela Philips e pela Sony. Avanço do iPod e outros MP3 está marcando o declínio da era do CD.

Nesta sexta-feira (17) uma das invenções mais utilizadas tanto pelos amantes da tecnologia quanto pelos amantes da música completa 25 anos: o CD. Em 17 de agosto de 1982, em Hanover, na Alemanha, os primeiros CDs, um trabalho de engenharia incrível para a época, começaram a sair da linha de produção com uma sinfonia de Strauss. Apesar do sucesso durante muito tempo, o futuro do CD em uma era de iPods e outros MP3 players parece estar cada vez mais em dúvida.

O projeto que levou o áudio digital para as massas foi fruto de uma técnica arriscada na época, afirma Pieter Kramer, líder do grupo de pesquisas ópticas nos laboratórios da Royal Philips Electronics NV na Holanda durante os anos 70, responsável pelo CD em parceria com a japonesa Sony. “Quando começamos, não havia nada”, afirmou.

Os chips semicondutores propostos, necessários para os CDs players foram considerados o maior avanço de todos os tempos em produtos para os consumidores. Em 1980, as empresas parceiras publicaram o chamado “Red Book” (Livro Vermelho), com os padrões originais do CD e as especificações de quais patentes eram da Sony e quais da Philips.

A primeira contribuiu com a codificação digital que permite a reprodução suave e sem erros das músicas, enquanto a segunda desenvolveu o volume do disco e a tecnologia a laser. A Philips detém até hoje os direitos sobre o “Red Book” e suas outras atualizações, como para o CD-ROM, responsáveis por mantê-la nos tempos de crise.

Criação
O design teve inspiração nos discos de vinil: como as ranhuras de uma gravação, os CDs são marcados com uma espiral de sinais scaneados por um laser -– o equivalente às agulhas dos vinis. A luz refletida é codificada em milhões de números 0 e 1, formando um arquivo digital. Como esses sinais são cobertos com plástico e a luz do laser não retira essa proteção, o CD nunca perde qualidade.

“O CD era um produto fácil de ser comercializado. Não era apenas a qualidade do som, mas os discos pareciam jóias se comparados aos LPs”, afirma Lucas Covers, atual chefe de marketing de eletrônicos para consumidores da Philips.

Depois de tanto sucesso, a criação pode estar vendo o fim de seus dias de glória. “O MP3 e todos esses pequenos aparelhos que as crianças carregam em seus bolsos podem substituí-lo, definitivamente”, afirmou Kramer, hoje um engenheiro aposentado. Mas ele se diz satisfeito por testemunhar a longa jornada do CD ao topo, sabendo que teve uma participação na criação. “Nunca se sabe o quanto um padrão irá durar. Mas o CD era um padrão sólido e bom. Ainda é”.

Fonte: G1


Comentário do João: Por mim, voltávamos ao LP.
Porra nenhuma! Mp3 é o que há!

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